Na medida em que a adoção da bicicleta como meio de transporte urbano cresce, o estereótipo do ciclista todo equipado e com roupas esportivas cai por terra. “No imaginário coletivo a bicicleta é um item de esporte ou lazer. É o reforço de uma ideia que coloca a bicicleta como transporte marginalizado”, observa Gil Sotero, um dos lançadores do movimento BH Cycle Chic.
Cycle Chic
O movimento Cycle Chic ganhou vida em 2007, quando o especialista em mobilidade urbana Mikael Colville-Andersen, criou um blog de mesmo nome. A ideia era registrar online, em fotos, a cultura ciclística de Copenhagen, Dinamarca. Quase por acaso, os registros demonstraram como as pessoas se apropriavam das bicicletas sem deixar o estilo de lado, contrariando aquela imagem do ciclista com roupas de atleta.
O blog ganhou grande visibilidade com o tempo. Então Colville-Andersen cunhou o termo Cycle Chic para designar a prática de pedalar com trajes estilosos ou comuns, contando que fugissem da aparência esportiva. E o movimento se espalhou mundo afora.
Cycle Chic em Belo Horizonte
“Belo Horizonte inspira moda, design, gastronomia e há muita gente pedalando pela cidade com estilo, personalidade e elegância. Um povo descolado que está atento ao que acontece no cenário urbano e reivindica um espaço perdido para os carros: as ruas”, afirma Sotero.
O BH Cycle Chic já conta com blog e página no Facebook, onde são divulgadas fotos e vídeos de ciclistas estilosos da capital. “O movimento é recente aqui, então a ideia é registrar os bicicleteiros que já pedalam na filosofia Cycle Chic. Queremos compartilhar o que a bicicleta nos proporciona em BH: felicidade”.
Como aderir ao movimento?
Existe um manifesto publicado no blog do movimento que detalha os diferenciais de um Cycle Chic. Seguindo o manifesto, basta tirar uma foto do “look” do dia e enviá-la para a fanpage do movimento.
Há alguns dias, publicamos uma iniciativa canadense que valoriza a aparência e sensualidade do ciclista. Conheça o Tumblr BikeRackTo, que registra imagens com esse propósito.
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